FALANDO DE SAUDADE
Um poema de j. verismar
Pior do que não sentir
Ou sentir bem raramente
É descobrir que ninguém
Sente saudade da gente
Um coração sem saudade
É como o leito de um rio
Se não tiver água passando
A vida está por um fio
Até criancinha sente
E nem de longe adivinha
Que aquele tum-tum no peito
É só uma saudadezinha
Saudade se faz de morta
Quem não conhece, acredita
Uma chuvazinha de lembranças
E ela renasce, mais bonita
Saudade também não mata
O que mata é abandono
No máximo, aqui e acolá
Perde-se uma noite de sono
Saudade não é pra doer
E de fato não dói, não
Saudade é lembrança boa
Na veia do coração
Se doer, não é saudade
É outra a explicação
É uma lembrança ruim
Ou um “bug” no coração
Saudade só traz prazer
Feche os olhos, experimente
Ela vem grande ou pequena
Como o coração de quem sente
Se o seu coração, um dia
Disparar de ansiedade
Calma! Ele não vai parar
É só excesso de saudade
No final dos nossos dias
Com o caminho quase escuro
É quando tudo se inverte
E a saudade vem do futuro
Estes versos que teci
Enchem-me de felicidade
Mas logo criarão asas
E se irão, deixando saudade
💓Post Scriptum:
Deixe-se levar até um momento inesquecível do seu passado. Lá, restaure os cheiros, os sons e as imagens. Os seus sinais vitais — coração, circulação, respiração — devem passar por leves alterações. Isso é saudade na veia, em estado puro!
FALANDO DE SAUDADE — Registro e proteção da obra
Obra arquivada em PDF e assinada com certificado ICP-Brasil (A1) do autor.
Hash SHA-256 (PDF assinado):
e56fcb57101a0b7047e46bac803d3debfa8b06a1316510d38b1677bed1cf0c94
Assinatura Certa — ID do processo: OC1YXM ·
www.assinaturacerta.com.br

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